terça-feira, 1 de novembro de 2011

Fale comigo, por favor! E use palavras inteiras. Pois meias palavras cortam.
Não são só de promessas que se constroem castelos, daqueles belos e fortes e grandes, como os que gostaríamos de comprar. As promessas apenas cobrem algumas rachaduras e renovam a cor das tintas da parede. Para toda a estrutura é preciso força. E vontade.
Já falamos sobre as nossas cabeças. Já sabemos de tudo isso que nos inunda por dentro. Que o nosso recheio nos é compreensível e que não vale a pena gastar palavras vazias. Não falemos em rodeios: fumar não é saudável. E essa sua blusa te engorda. Viu como é? Simples.
Qual o passo a ser dado, então? Para fora da janela? Eu não vou convicta. Ultimamente está difícil de convictar. Qualquer passo que eu der será em falso, e precisarei de ajuda para continuar. Você ofereceu a sua mão, como me lembro bem. Mas deve ter se esquecido. Acontece.
Não vamos jogar tudo pelos ares. Depois fica uma bagunça. E tudo é uma coisa muito difícil de se construir, assim como castelos que se prezem. Por isso, não desperdicemos. Sei que a jornada é dura, mas tudo piora se só fazemos força de um lado da corda. Tudo precisa de equilíbrio.
Os dois lados da balança tem que se sustentar. Se não for assim, cai.
Às vezes me pergunto se o que te falta é um coração ou se são remédios. Não se faz isso, de descuidar, da pessoa de quem se gosta. Isso é crueldade, e é desumano.
Eu sei, eu sei, eu sei, eu sei. Que isso também é tortura. Mas estou viciada nisso. E não sei se consigo aceitar o convite para a reabilitação.

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